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EntrEvista

18 www.buildings.com.br

sofsticado e hoje busca bens de qualidade, porque é um patrimônio de longo prazo. Em outro momento do mercado, os compradores eram

conquistados pela emoção. Hoje, o nível de conhecimento e entendimento sobre o mercado imobiliário é muito maior. Houve, nos últimos anos, um grande volume de lançamentos de salas comerciais, mas as nossas possuem diferenciais muito claros. Lançamos o Praça Pamplona, localizado na rua de mesmo nome, próximo à Avenida Paulista, na primeira semana de junho, e no fnal daquele mês, 45% já havia sido vendido a um preço muito bom. É um empreendimento que revitalizará um casarão que existe no terreno e onde hoje funciona a sede do Instituto de Física Teórica da UNESP. Ele será transformado em um centro cultural e social, além disso, construiremos a nova sede do Instituto e mais um teatro digital com tecnologia de última geração. Como esse é um projeto diferenciado, há mercado para recebê-lo. Não estamos apenas colocando à venda uma sala comercial padrão.

Para os empreendimentos Offce prevemos mais dois lançamentos para este ano, também muito bem localizados e planejados, tendo em vista sempre as oportunidades.

Em uma entrevista, você comentou que o mercado de construção civil brasileiro é muito aquém em produtividade em relação aos EUA. Como as empresas têm buscado melhorar esse cenário?

Muitas empresas estão investindo na industrialização do canteiro de obras em dois segmentos distintos e é importante que isso aconteça no Brasil. Nos empreendimentos de baixo padrão, em que são construídas muitas unidades e por isso é preciso pensar em ter uma produção em larga escala. O outro segmento a ser investido acontece nos empreendimentos corporativos, já que o tempo de execução desses projetos é muito grande, o que aumenta os custos.

Quais são os pontos positivos e negativos desses mercados se comparados?

Quando se analisa o mercado brasileiro e o norte-americano do ponto de vista macroeconômico, podemos considerá-los bastante diferentes. O que eu vejo de bom aqui é que o fnanciamento imobiliário se desenvolveu,

mas, ao mesmo tempo, conseguimos conter algumas questões que foram exageradas no mercado americano, como o fnanciamento de 100% do valor do imóvel ou o fnanciamento dos juros que eram pagos em 3, 4 ou 5 anos e depois o refnanciamento do imóvel. O Brasil aprendeu a lição e o mercado vem se desenvolvendo de maneira sustentável. Não há a menor hipótese de uma bolha imobiliária como a de lá acontecer no País, as chances são nulas.

A empresa investe tanto em residencial como comer-cial. Qual tipo de empreendimento tem apresentado melhor desempenho?

Cada tipo de empreendimento tem uma característica. Normalmente, os corporativos apresentam margens maiores, mas o capital investido é maior. Já na média renda, as margens são mais apertadas, porém o giro é maior. O importante é observar a demanda e as oportunidades do mercado. Não vejo um segmento que seja superior a outro.

Como os atuais programas do Instituto Brookfield têm colaborado para a comunidade e quais são os futuros projetos?

A Brookfeld tem uma grande preocupação com as questões de urbanização, porque nós somos interventores urbanos. Por isso, trabalhamos também para tentar fazer uma cidade melhor, investindo em desenvolvimento social, educação e preservação ambiental nas regiões onde atuamos. Por meio do Instituto Brookfeld, criado em 2010, a empresa concentra investimentos em iniciativas socioambientais nas comunidades. O Instituto nasceu da experiência da companhia como mantenedora e gestora do Instituto Tamboré, entre os anos de 2008 e 2010, com projetos ambientais e educativos bem-sucedidos implantados na região de Santana de Parnaíba.

Hoje, mantém importantes iniciativas voltadas às regiões que recebem empreendimentos econômicos da Brookfeld, tendo como foco o desenvolvimento social dessas comunidades. Falando sobre outro aspecto, o do dia a dia do nosso negócio, as pessoas não têm ideia da quantidade de terrenos que a empresa descontamina e das árvores que plantamos. n

“É preciso ter uma visão ampla sobre o desenvolvimento urbano e entender para onde a cidade deve caminhar.”

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