Page 6 - Edição 18

This is a SEO version of Edição 18. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »

www.buildings.com.br Espaços Corporativos Online

O próprio jornal britânico The Guardian publi-cou uma lista que apontava alguns dos grandes nomes do cenário internacional, como Alan Greenspan, ex-presidente do FED americano, Gordon Brown, Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, Hank Greenberg, ex-presidente da seguradora AIG, que erraram categoricamente quanto à crise. Portanto, não é nosso objetivo descrever aqui seu início, nem como ela foi crescendo. Poucos assuntos têm aparecido com tanta freqüência nos jornais ao redor do mun-do. Com razão. Desde a Grande Depressão de

tro dos acontecimentos. Grandes empresas e grandes bancos, que historicamente mantinham uma tradição de força e robustez, tombaram. A economia não vai bem. Por isso, o que esperar, então, para o futuro do mercado imobiliário corporativo?

Sabe-se que o mercado corporativo, desde a construção até as negociações de novos contratos, reage de forma mais lenta aos acon-tecimentos econômicos, o chamado delay . Mas alguns fatores na economia podem acelerar essa interferência, gerando um círculo vicioso,

artigos com um tom sombrio para o futuro do mercado imobiliário corporativo nos EUA, o que nos dá a sensação de que a situação ainda pode piorar.

Veja no quadro abaixo os principais pontos deste círculo vicioso do mercado imobi-liário americano comentados nesses artigos. Infelizmente para a economia mun-dial, as coisas só pioraram a partir do 4º trimes-tre de 2008, e antes o que era suspeita tornou-se certeza. 2009 começou com demissões em massa; montadoras de veículos, antes ícones

Círculo vicioso do mercado imobiliário americano

1. Recessão econômica - A primeira conseqüência é a diminuição do consumo, principalmente de bens considerados não essenciais. Com menor consumo, as empresas produzem menos, e o que já está à venda fica parado nas lojas, trazendo para os fabricantes e revendedores o ônus do problema social.

2. Corte de pessoal – Com a demanda de consumo diminuindo e as empresas vendendo menos, mas tendo que manter seus compromissos financeiros, surge a necessidade de corte de pessoal. Com menos pessoas nas empresas há uma regressão no tamanho do espaço usado, forçando negociações de rescisão de alguns contratos locatícios, quando não há inadimplência.

3. Retrocesso do mercado imobiliário - Com mais espaços disponíveis, a taxa de vacância sobe e os preços de aluguéis caem, prejudicando o pagamento de empréstimos, muitas vezes tomados pelos incorporadores para a construção dos edifícios. Surge a necessidade de renegociar dívidas; a situação dos bancos, que já é delicada, acaba piorando ainda mais. No Brasil este impacto é menor, pois o envolvimento dos Bancos no mercado imobiliário corporativo é proporcionalmente bem menor – a maioria dos edifícios comerciais são desenvolvidos com participação Equity, ao invés de Debt.

4. Diminuição de investimentos - Sem condições de renegociar as dívidas, cresce a inadimplência e o mercado fica sem crédito, o que prejudica diretamente os futuros investimentos.

06

Page 6 - Edição 18

This is a SEO version of Edição 18. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »