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2) licenciamento ambiental da fábrica ou jazidas;

3) respeito às normas técnicas, que garantem a qualidade do material; 4) perfl de responsabilidade socioambiental da empresa; 5) avaliação de greenwashing ;

6) análise de durabilidade do produto (www.cbcs.org.br).

Os selos ambientais têm seu papel na promoção do mer-cado de materiais. No entanto, o crescimento desenfreado destes gera confusões para os compradores, rotulando os produtos como ambientalmente corretos, ou seja, o consumidor vê os símbolos, mas fca sem saber os aspectos ambientais do produto.

Assim, esperamos que, em um futuro não muito distante, os produtos apresentem rótulos descritivos com suas característi-cas de forma simplifcada, clara e direta. Dessa forma, podere-mos selecionar os produtos com base nos critérios mais con-venientes para cada empreendimento, como o que já fazemos hoje ao comprar um produto alimentício lendo o informe nu-tricional da embalagem. n

Diretor da Unidade de Susten-tabilidade do CTE. Engenheiro Civil e Mestre em Engenharia pela Escola Politécnica da USP.

LEED-AP Accredited Professio-nal . Auditor Líder ISO 9001 e OHSAS 18001. MBA Executivo pelo Ibmec Business School. Especialista em Sustentabi-lidade na Construção Civil e Sistemas de Gestão Integrada (qualidade, meio ambiente, segurança do trabalho).

Texto de Anderson Benite

biental pode ser padronizada com os critérios estabelecidos pela série de normas ISO 14.020, seguindo três abordagens:

• Declaração de primeira parte: o fabricante apresenta dados ambientais de seus produtos, como o conteúdo reciclado existente na composição, a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico), ou a quantidade de COV emitida pelo produto dizendo se ele é reciclável ou não.

• Declaração de segunda parte: é a rotulagem de produtos ou embalagens concedidas por associações comerciais. Não está di-retamente ligada à fabricação ou venda do produto. As categorias de informaço podem ser estabelecidas pelo setor industrial ou por organismos independentes.

• Declaração de terceira parte: uma entidade independente (instituiçes governamentais do setor privado ou organizações sem fns lucrativos), com base em critérios específcos, avalia os produtos em auditorias, emitindo um selo ao fnal do processo (veja adiante).

Se na declaração de primeira parte sempre houver o risco de o fabricante evitar apresentar pontos negativos de seus produ-tos, nas de segunda e terceira partes a credibilidade do selo fcará por conta da confabilidade da entidade que o emite. É fundamen-tal que os critérios de avaliação utilizados sejam claros, baseados em normas técnicas existentes, nacionais ou internacionais. Esta condição dará credibilidade ao produto e irá inserir o fornecedor nas regras do Código de Defesa do Consumidor, que estará sujeito às punições legais pertinentes.

Além dos selos, o comprador pode utilizar a “ferramenta dos seis passos” desenvolvida pelo CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), que identifca requisitos mínimos de sustentabilidade do fornecedor antes de selecionar um material: 1) formalidade da empresa;

O Selo FSC ( Forest Stewardship Council ) atesta ao consumidor que toda a cadeia produtiva envolvida na fabricação do produto foi certifcada pelo FSC, permi-tindo à sociedade valorizar as iniciativas que promo-vem o manejo responsável das forestas.

O Selo Procel certifca equipamentos elétricos e eletrodomesticos e é concedido aos produtos que apresentam os melhores níveis de efciência energé-tica dentro de sua categoria.

O Selo Conpet certifca equipamentos domésticos de consumo de gás e é concedido aos produtos que apre-sentam os menores niveis de consumo de combustível.

O Selo Ecológico Falcão Bauer certifca produtos e tec-nologias sustentáveis, denotando o interesse de em-presas fabricantes em atestar suas preocupações com práticas economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas.

Quadro B - Exemplos de Selos Verdes voluntários adotados no Brasil

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