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31 Escritórios

conceito menos formal nos seus espaços como o Facebook, agências de publicidade e até escritórios de advocacia. As corporações ainda tentam se adaptar às novas instalações “necessárias” no ambiente de trabalho. No entanto, mesmo que não tão drásticas, ou criativas, a maioria das empresas já possuem preocupações que traduzem este novo momento, como a sustentabilidade.

Cada vez mais, ela se torna importante também na hora da construção. O project manager da Ocupantes Project Management, Rafael Bruniera , aponta que as políticas de reciclagem de material estão sendo mais utilizadas por construtoras e ocupantes, além do descarte ecológico de itens de consumo, materiais reciclados, com baixa emissão de gases e baixo consumo de energia para produção e o mínimo de componentes que agridem ao meio ambiente. Os empreendimentos corporativos apostam em certifcações que atestam a preocupação ecológica, desde a obra até as operações do edifício, como a certifcação LEED ( Leadership in Energy and Environmental Design ). Por isso, certifcações

Green Buildings de interiores, como por exemplo, LEED for commercial interiors , já fazem parte das políticas corporativas de muitas empresas, entre elas Google, Bloomberg, Bank of America, Bovis Lend Lease, NGK, LG, Charles Schawb, Interface, Kraft e Siemens.

Além da certifcação, Anderson Benite , diretor da Unidade de Sustentabilidade do CTE (Centro de Tecnologia de Edifcações), explica que é preciso apostar na utilização de tecnologias que reduzam o consumo de água e energia, como sensores de presença, luminárias LED, torneiras de baixa vazão e ar condicionados de alta efciência.

Benite ressalta que essa mudança tem foco no inquilino. “Há uma preocupação maior em se oferecer o melhor grau de conforto possível para os ocupantes, com iluminação natural, melhores controles de temperatura, melhor ventilação e qualidade do ar”.

O CEO da agência Out Promo, Maurício Gallian , que apostou em um ambiente de trabalho mais despojado e verde, comenta o que foi feito na empresa para diminuir o uso do ar condicionado e otimizar o uso de água. “Aqui na agência temos um jardim suspenso, que diminui a temperatura das salas do 2º andar. Também contamos com a coleta de água da chuva”.

Ambientes com grandes janelas e vidros que controlam a temperatura também são cada vez mais procurados para resolver a questão da refrigeração e da iluminação. Isso tambémlevará aumamudançanosistemade ar condicionado, de acordo com o arquiteto Sérgio Athié , do Grupo Athié Wohnrath. “A tendência é que haja maior possibilidade de controle do zoneamento do ar condicionado, permitindo inclusive economias signifcativas”.

Sobre a iluminação, esta também é uma demanda a ser observada, pois há a valorização pela luz natural para reduzir o gasto energético da empresa e, inclusive, melhorar a saúde dos funcionários, como explica a doutora em arquitetura

Claudia Andrade , da Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa. “A iluminação será um destaque, além de

contribuir para a efciência energética, poderão colaborar para a saúde das pessoas, já que é sabido que interfere nos ciclos circadianos, que correspondem ao relógio biológico de cada pessoa”.

Nova visão sobre o meio ambiente

Segundo a publicação do Ministério do Meio Ambiente, “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável” 1 , o que se espera das empresas a partir de agora é um comportamento proativo em relação à sustentabilidade.

O estudo mostra que 13% dos brasileiros afirmam possuir preocupação com o meio ambiente. O índice representa que, para os entrevistados, o tema vem em 6° lugar na lista de preocupações da população e perde para assuntos como: saúde e hospitais, com 81%; violência e criminalidade, com 65%; desemprego, com 34%; educação, com 32% e políticos, com 23%.

Em uma análise histórica do estudo, que é realizada desde 1992, é possível observar que há sete anos, o meio ambiente aparecia na 12ª colocação, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa. Em 1992, ano da primeira pesquisa, o tema sequer foi citado.

A pesquisa alerta que as marcas precisam colocar em prática a responsabilidade ambiental dentro da política da empresa antes que essa seja uma medida tomada devido à pressão dos consumidores. n

1 Estudo divulgado emmaio de 2012.

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