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essa entrevista, o executivo aborda questões do mercado e traça um panorama entre as principais praças onde a empresa atua no País: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Vedrossi posiciona a Brookfeld como uma empresa dinâmica e movida pela oportunidade, observando principalmente o desenvolvimento urbano dentro de cada cidade.

Diferente de uma empresa de properties , a companhia investe principalmente em locais que têm forte tendência a se desenvolver, desta forma é possível oferecer preços competitivos. O entrevistado comenta ainda sobre as diferenças importantes entre o mercado norte-americano e o brasileiro, investimentos, os mercados de residencial e comercial, além de apresentar o Instituto Brookfeld e a responsabilidade da empresa como interventora urbana, através dos projetos ambientais e educativos.

Nossa estratégia é muito clara e consistente. Embora atuemos em todos os segmentos, focamos principalmente nos empreendimentos residenciais de classe média, que representam metade do nosso negócio.

Do ponto de vista da operação, optamos por fazer uma concentração geográfca. Nossas três maiores praças, e provavelmente os três maiores mercados do Brasil, são São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que juntas concentram 80% dos nossos negócios.

Por outro lado, em relação a produto, apostamos na diversidade. A classe média residencial é o carro-chefe da empresa, mas investimos em alta renda residencial, empreendimentos comerciais, bem como já realizamos projetos de baixa renda.

A relação entre o mercado comercial e residencial varia ano a ano. O mercado corporativo tem uma participação de aproximadamente 25% do nosso negócio. Dentro deste mercado construímos as salas comerciais, assim como

outras incorporadoras, porém o nosso diferencial é fazer projetos corporativos de padrão Triple A , por exemplo, o Pátio Victor Malzoni, hoje uma referência em uma das regiões mais valorizadas de São Paulo – a Avenida Faria Lima –, que fgura entre os melhores prédios da cidade e do País. Nesse mesmo padrão, entregamos o Tower Bridge, no Brooklin, em parceria com a Tishman Speyer, uma obra de muita qualidade técnica e com diversos conceitos de sustentabilidade aplicados.

Agora estamos realizando um projeto na antiga fábrica da Girofex, na Marginal Pinheiros, o Brookfeld Towers. Será composto por duas torres comerciais, uma com 31 pavimentos e a outra com 28 pavimentos, além de um shopping com 25 lojas, no total são 128 mil m 2 de área construída. O projeto fca em uma região afastada da concentração que se formou em torno do Shopping Morumbi, no entanto, está localizado entre duas estações de trem e, além disso, levaremos a mobilidade para a porta dos edifícios, construindo uma estação de trem em conjunto com a CPTM. Entregaremos, em aproximadamente dois anos, um produto de extrema qualidade em frente a uma estação de trem.

O mercado corporativo é extremamente oportunista, e hoje, não acredito que seja o momento para adquirir grandes terrenos em São Paulo. Talvez para uma empresa de properties seja mais coerente.

Já no Rio de Janeiro, estamos desenvolvendo três projetos, um que já está vendido e dois de lajes corporativas, no centro metropolitano, na região da Barra da Tijuca, ambos

Corporate , até o apartamento residencial. Não há nenhuma dúvida de que o centro metropolitano será um polo de desenvolvimento e já hoje a região da Barra é onde se concentra a maior oferta de Corporate na cidade.

Já Brasília tem uma situação de zoneamento e de uso e ocupaçãodo solo que não é simples, é ummercado complexo. Contudo, nossa experiência na cidade é muito positiva. Já entregamos o Parque Cidade, um empreendimento padrão

Triple A , que talvez seja omelhor empreendimento comercial de Brasília em relação a lajes corporativas. E, atualmente, temos dois projetos corporativos muito interessantes e extremamente bem localizados.

Em resumo, São Paulo está em um momento de espera,