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Entrevista

16 www.buildings.com.br

onde buscamos novas oportunidades. No Rio de Janeiro temos acompanhado o desenrolar do centro metropolitano e, em Brasília, nosso posicionamento é uma questão extremamente de oportunidade.

No cenário atual, como estão se comportando os preços, tanto de venda como de locação, com a grande entrega de empreendimentos? Você acredita que sofrerão uma estabilização ou queda em função dessa grande oferta?

É preciso ter uma visão ampla sobre o desenvolvimento urbano e entender para onde a cidade deve caminhar. Por exemplo, quando adquirimos o terreno do Pátio Victor Malzoni, na região da Faria Lima, em São Paulo, visualizamos que lá ocorreria uma concentração de empreendimentos de alto padrão, como bancos e escritórios de advocacia. Pensando dessa mesma forma é que adquirimos o terreno da antiga fábrica da Girofex, na Marginal Pinheiros. Nossos estudos de mercado nos mostravam o crescimento que já se anunciava na zona sul. É um caminho natural: antigamente os escritórios se concentravam no centro da cidade, depois migraram para a Avenida Paulista, em seguida para o Jardins e Faria Lima, e, agora, para a Marginal Pinheiros.

Como a Brookfeld desenvolve o projeto, constrói e vende, tentamos buscar as fronteiras. Se estivermos onde todo mundo está, o terreno é mais caro e assim mais difícil de oferecer a um preço competitivo. Por exemplo, desenvolvemos um projeto bastante inovador na região do Green Valley, em Alphaville, que traz o conceito mixed-use , o que não existia na cidade de Barueri. Essa foi uma alternativa que vislumbramos como oportunidade anos atrás. No começo de 2000, o mercado corporativo estava muito ruim, a absorção era baixa, a vacância alta e, de repente, ocorreu uma mudança e houve uma grande transformação. A taxa de vacância em São Paulo chegou a 3%. Lembro-me de quando mudamos nosso escritório para o Rochaverá, em 2009, não era fácil encontrar 2000 m² para locação na

região do Morumbi. No passado, a maioria dos edifícios Corporate contava com uma estrutura de ownership bastante fragmentada e isso atrapalhou o desenvolvimento do mercado de properties no Brasil. Contudo, de alguns anos para cá, vimos algumas empresas, inclusive de capital aberto, começando a investir aqui e ter investidores qualifcados e experientes, donos de grandes projetos, o que mudou completamente o cenário e, obviamente, muda a nossa forma de atuação como incorporadora.

Um exemplo é o caso do projeto da antiga Girofex, onde uma torre foi vendida para diversos investidores, mas neste ínterim o mercado mudou de caminho e a outra torre foi vendida para um único investidor.

Oque omercado temapontado como amaior tendência entre os investidores corporativos?

Existem dois tipos de investidor, o dos grandes prédios e o investidor de varejo, mas mesmo esse último está mais

“Em outro momento do mercado, os compradores eram conquistados

pela emoção. Hoje, o nível de conhecimento e entendimento sobre o mercado imobiliário é muito maior”.

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