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35 Escritórios

As novas exigências do sistema LEED

A primeira versão do LEED foi lançada em1998 e aplicada na forma de um programa piloto (projetos voluntários) para validação do sistema e de seus critérios. Após dois anos de seu lançamento, o LEED passou pela primeira revisão e foi lançada a versão 2.0 (ver linha do tempo), que também passou por revisões menores ao longo dos anos.

A versão vigente é a que foi emitida em 2009 (também conhecida como versão 3.0), que será substituída pela versão 4.0 em novembro deste ano, cujo lançamento ofcial acontecerá durante o Greenbuild International Conference and Expo , congresso promovido anualmente pelo USGBC. O uso de simulações computacionais de efciência energética, de madeira certifcada, de materiais reciclados e regionais deixou de ser um conceito inovador e já faz parte da realidade de milhares de projetos no mundo todo. Por isso, o USGBC decidiu que era o momento de avançar com conceitos ainda mais inovadores para os green buildings e lançar a nova versão, considerada a mais audaciosa até o momento. O lançamentoda versão 4.0 previstopara 2012 foi postergado para 2013, em resposta às preocupações levantadas por membros do USGB e diversas partes interessadas (investidores, governo, projetistas, construtores, entidades diversas, etc.) e às drásticas mudanças sugeridas no primeiro draft da nova versão. O maior receio dos profssionais era que o mercado da construção civil não estivesse preparado para acompanhar as novas propostas do referencial, principalmente no que tange a tecnologias e produtos necessários para o atendimento dos novos créditos do LEED.

Com a fnalidade de tentar equilibrar o rigor técnico da versão 4.0 com a expectativa do mercado, foram então realizadas pelo USGBC novas rodadas de comentários abertas ao público. Apesar deste processo ter gerado signifcativas mudanças em relação ao primeiro draft, o nível de exigência da nova versão será bastante superior ao da versão vigente. Para garantir que os edifícios certifcados contribuam ainda mais para essas categorias, novos termos e conceitos

foram detalhados na nova versão, dos quais pode-se destacar: concepção integrada de projeto, compensação de carbono, análise de ciclo de vida de materiais e do empreendimento, medição setorizada do consumo de água, entre outros. Outra meta traçada pelo USGBC para esta nova versão foi a de aumentar o nível de desempenho mínimo dos edifícios, o que signifcam maiores exigências em efciência energética e redução do consumo de água. Além disso, a nova versão do LEED se atualiza também ao incorporar as normas técnicas nas versões mais recentes (ex.: ASHRAE 90.1 v. 2010). Em razão do signifcativo aumento na variedade de tipologias dos edifícios registrados para certifcação LEED nos últimos anos, a versão 4.0 irá abordar critérios para 21 segmentos de mercado diferentes, incluindo novas tipologias, como: data centers e centros de distribuição novos e existentes, hotelaria, lojas de varejo, etc.

Como aproximadamente 15% dos projetos em processo de certifcação LEED são hoje desenvolvidos fora dos Estados Unidos, em países como China, Brasil e Índia, a versão 4.0 prevê também oferecer às equipes de projeto maior fexibilidade para o atendimento dos créditos e pré-requisitos, de acordo com o contexto regional em que o projeto se encontra.

Apesar dos novos desafos, a versão 4.0 do LEED demonstra um grande progresso nos conceitos de desempenho ambiental e trará melhorias em todas as defnições, nos critérios técnicos e na qualidade do referencial como um todo. Foram consideradas todas as evoluções tecnológicas e as lições aprendidas ao longo do tempo em milhares de projetos certifcados ao redor do mundo nas versões anteriores. Isto signifca que o sistema amadureceu e continuará a cumprir sua missão de impulsionar o setor da construção civil na direção da sustentabilidade.

De acordo com o próprio USGBC, as mudanças estão alinhadas às seguintes categorias de impacto (defnidas pela própria organização):

• Reduzir a contribuição dos edifícios no que se refere às mudanças climáticas; • Melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas; • Proteger e recuperar os recursos hídricos;

• Proteger, promover e restaurar a biodiversidade e os ecossistemas;

• Promover ciclos sustentáveis e regenerativos na cadeia de materiais e resíduos da construção; • Construir uma economia mais verde;

• Promover a equidade social, justiça ambiental e a qualidade de vida da comunidade.

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