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outros, que precisa distribuir para o centro vendedor e necessita de um sis-tema de entrega mais complexo, com varredura e horário.

No estado de São Paulo os centros produtivos estão situados numa faixa média de 80 km da capital, como as regiões de Jundiaí, Campinas, Su-maré e Atibaia. Nestes locais existe um grande número de empreendimentos de logística de médio e grande porte. Há nas regiões de Cajamar, Barueri, Osas-co e São Paulo cerca de 60 centros lo-gísticos de pequeno porte formando um anel de 30 km ao redor de São Paulo e é onde acontece a maior concentra-ção. Porém, há deficiência de terrenos nestes locais e, portanto, a elevação do preço. Não se encontram terrenos maiores que 20 ou 30 mil m², por isso a conta não fecha e acaba prejudicando a possibilidade de surgirem novas obras de condomínios.

Neste anel, analisando geogra-ficamente, temos o Rodoanel que já é integrado à área urbana de São Paulo e os valores dos terrenos estão altos. Temos, também, o grande anel que pas-sa por Campinas e toda aquela região que vai juntar Sorocaba a Jacareí. Este grande anel é um amplo mercado para logística, pois passa por grandes cen-tros produtores, como a região de Cam-pinas, Sumaré, Indaiatuba e Atibaia, e tem acesso às cidades em franco desen-volvimento, como Cabreúva, Itupeva e outras, além de passar por Viracopos, terceiro maior aeroporto em volume de carga do Brasil, ligar Sorocaba e a Rodovia Castelo Branco ao Vale do Pa-raíba, desembocando em Jacareí e no Porto de São Sebastião.

O preço dos terrenos tem se elevado e este fator, dentro de uma operação matemática, em termos de taxa de retorno, tem feito com que o valor do aluguel desses módulos em condomínio tenha também subido mui-to. Há quatro anos, por exemplo, um galpão logístico no raio de 20 a 30 km de São Paulo custava R$ 16/m², hoje pode custar até R$ 27/m². Assim, é co-locado em conta o preço do terreno, da construção e as exigências nas quali-dades técnicas, pois o que vem acon-tecendo é que o grau de exigência das

normas e dos ocupantes faz com que a qualidade do galpão melhore, como a questão da capacidade do piso e do pé- -direito interno, aproveitando e otimi-zando ao máximo a cubagem que este galpão pode oferecer.

Porque a ocupação nestes condomí-nios é tão rápida e o que mais estas empresas procuram na locação des-tes empreendimentos?

É eminente a desocupação dos locais industriais e logísticos de algu-mas regiões de São Paulo e cidades vizinhas por causa das limitações e da proximidade das áreas urbanas, como

nos arredores de Osasco, ABC, Barueri e Guarulhos, onde faltam espaços e o trânsito é intenso. Hoje, as restrições estão maiores como, por exemplo, a re-gião do Ipiranga e Avenida do Estado, que provavelmente será a próxima a ser esvaziada e “expulsa”, pois concen-tram empresas que, na grande maioria, são metalúrgicas e terão que sair devi-do a muitas restrições, como o horário de circulação e funcionamento, e vão precisar de novos espaços. Para que haja um custo-benefício, essas empre-sas terão que procurar outras regiões. Em relação ao que as empresas procuram, primeiramente é a moder-nidade em construções sólidas e bem feitas, que atendam a demanda delas. Por exemplo, o pé-direito que se ele-vou, antes era de 8 metros, hoje o mais usado é o de 12 metros e já estamos executando projetos com até 18 metros de altura para um processo de estoca-gem normal. A tecnologia das empilha-deiras, que anteriormente precisavam entre 3,5 e 4 metros de corredor, já oferece equipamentos com braços mó-veis, que não precisam ficar de frente para a estanteria e conseguem retirar um palet sem fazer manobra. Isso é uma forma de ganhar cubagem e vale o investimento nesta nova ferramenta. Quanto mais alta, maior a rentabilida-de. Os galpões funcionam dessa forma, aluga-se por metro quadrado e se opera em metro cúbico. Quando se sobe a al-tura da estanteria é concentrado maior peso no piso, incluindo outras questões como o aumento do índice de ilumina-ção natural e também artificial. Tam-bém há a preocupação com a extração do calor e ainda é necessário avaliar a

“A logística é uma atividade que tem dois polos de localização: ou está próxima do centro produtivo ou do centro de distribuição”.

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Entrevista

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