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www.buildings.com.br Industrial

pré-moldado, moldado in loco e estru-tura mista metálica. Normalmente, os usuários questionam como foi feita a obra, pois a utilização destes galpões contempla uma atividade mais bruta, com isso, todos avaliam os materiais que foram utilizados e como foi o an-damento da obra. A construção precisa ser robusta, ter uma elegância estética e, principalmente, deve atender a ne-cessidade de ocupação.

Com relação à infraestrutura, o pé-direito deve ser de no mínimo 12 metros, e é preciso ter a preocupação com segurança desde a entrada no con-domínio até a entrada no galpão, com um controle de acesso rígido, através de portaria de identificação bem apare-lhada e com automação, controle de se-gurança no ponto da chegada e também distante, para que não ocorram ataques aos caminhões, salas de apoio como de reuniões, miniauditórios para treina-mentos, entre outros.

Estes acessórios fazem parte de um condomínio considerado Classe A, que por ser mais estruturado, tam-bém oferece locais para dar suporte aos caminhoneiros com toda a infraestrutu-ra para alimentação, descanso, banhei-ros, etc. Existem até alguns que, além dos galpões, possuem um edifício co-mercial de apoio para suprir a demanda dos usuários. O estacionamento, tanto para caminhões como para veículos, também é importante.

Já sobre o galpão propriamente dito, ele precisa ter uma metragem ade-quada, como uma doca para cada 700 m 2 no mínimo, além das necessidades básicas como recepção, sanitários, e no-vamente a questão da segurança, como

combate a incêndio, através de saídas de emergência, sprinklers , etc. Outro fator relevante é o piso de pátio compatível com o peso das cargas mais pesadas, pois o arrasto dos caminhões é grande e na hora de fazer manobras, se não for um piso compactado, será danificado. O espaço de manobras é fundamental tam-bém, pois deve facilitar a dinâmica de carregamento e descarregamento. A localização de um empreen-dimento deve ser avaliada em relação

aos trajetos feitos pelos caminhões, para que estes não passem por muitos semáforos, não cruzem vilas, centros comerciais ou locais de muita mo-vimentação e, enfim, corram menos riscos e evitem incidentes. Este fator favorece a negociação até com a com-panhia de seguros, posteriormente, que avalia o trajeto a ser percorrido e os possíveis perigos.

Esse tipo de empreendimento aten-de às questões de sustentabilidade e preservação do meio ambiente?

Atualmente, 70% dos empre-endimentos que desenvolvemos bus-cam certificações ou se preocupam com questões ligadas à sustentabilidade. An-tes de iniciarmos um projeto, fazemos uma análise detalhada na área de im-plantação, que é o terreno, neste caso. Quase sempre esbarramos em questões ambientais e temos que ade-quar o projeto às normas de preserva-ção de matas, cursos d’água, nascentes, permeabilidade, tratamento de efluen-tes, entre outros, e esses quesitos, quando bem observados, qualificam ainda mais o empreendimento. Sugerimos outros conceitos sustentáveis, como a retenção de águas pluviais para o reuso em sanitários e manutenção, soluções alternativas de energia para iluminação de pátios e aquecimento de água, pisos drenantes, tintas especiais, etc, que vão ao en-contro de certificações como LEED e

AQUA , exigidas pelo usuário final.

O que será tendência para esse mercado? A grande tendência está nos centros logísticos industriais, comer-ciais e bem segmentados. Devido à fal-ta de espaços, será necessário explorar áreas mais distantes, onde a mistura com a urbanidade não ocorra, assim estes centros se tornarão os chamados

Business Park . São cidades construídas com todas as características para suprir as necessidades dos usuários, com ho-téis, área para alimentação, estaciona-mento, parqueamento para caminhões, entre outros. n

Entrevista

“Devido à falta de espaços, será necessário explorar áreas mais distantes, onde a mistura com a urbanidade não ocorra, assim estes centros se tornarão os chamados Business Park”.

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