Page 16 - Edição 18

This is a SEO version of Edição 18. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »

www.buildings.com.br Espaços Corporativos Online

Entrevista

www.buildings.com.br Espaços Corporativos Online 14

Claudio Bruni

Engenheiro civil, formado na Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de São Paulo (1978).

Toda sua carreira foi dedicada no desenvolvimento e administração de Real Estate . De 1979 a 1989, trabalhou para Multiplan, um dos maiores desenvolvedores de Real Estate no Brasil. Enquanto trabalhou para a Multiplan, era responsável pela pesquisa de mercado, gerenciamento de construções, planejamento e desenvolvimento comercial e residencial. De 1983 a 1985, atuou como Diretor Executivo da Renasce, a primeira companhia brasileira de administração de shopping centers, uma joint venture da Multiplan e banco de investimento brasileiro Bozano, Simonsen. Em 1985, foi nomeado Vice-Presidente Executivo da Multiplan, empresa consolidada do Grupo Multiplan, até então o maior desenvolvedor de Real Estate do Brasil. Foi responsável por todo o desenvolvimento de atividades, incluindo desenvolvimento de shoppings centers, residencial e escritório.

De 1986 a 1994, foi sócio da Visor, uma incorporadora residencial voltada para o segmento de baixa renda. Na Visor, auxiliou no desenvolvimento de 4 mil unidades residenciais, gerando US$128 milhões em receitas. De 1989 a 1994, trabalhou em parceria com o Carrefour no desenvolvimento do Shopping Butantã, localizado em São Paulo. Em 1988, fundou a Deico, a maior empresa independente prestadora de serviços imobiliários do Brasil, na época, onde atuou como CEO até dezembro de 2006. Atuou como Vice-Presidente Executivo da ABRASCE, Associação Brasileira de Shoppings Centers durante 3 anos, e como membro do Conselho de Desenvolvimento Comercial e Varejo do Urban Land Institute.

Comente sobre o crescimento da BR Properties desde a sua fundação e da carteira de empreendimentos da empresa.

A BR Properties nasceu para ser o que ela é hoje. Fundada em dezembro de 2006 para investir exclusivamente em escritórios, galpões industriais/centros de distribuição e lojas de varejo em regiões que achássemos promissoras em termos de valorização. A companhia não tinha o foco de ser uma incorporadora de edifícios de escritório, mas uma empresa que con-solidasse o que estava pronto e, em nossa visão, não estava tão bem gerido tanto na administração física em relação à manu-tenção da qualidade de operação, como em relação à estrutura de capital, fnanciamen-to. Então, o que nós fzemos até hoje foi seguir o nosso plano colocado pelo grupo inicial de investidores em 2006, quando apresentamos a ideia pela primeira vez. Fizemos compras de imóveis iso-lados e de carteiras inteiras, a primeira de-las que compramos foi em julho de 2007 e continuamos fazendo isso até hoje, até re-centemente a incorporação da One Proper-ties, na qual aconteceu uma aquisição com troca de ações de grande tamanho. Não nos posicionamos como empresa incorporado-ra, o nosso foco é diferente, voltado para consolidar coisas prontas. Recentemente a BR Properties comprou as duas torres do edifício Ventura, no Rio de Janeiro, que pertenciam à Tishman e a outro investidor do Oriente Médio que era proprietário da Torre Leste. Também adquirimos os gal-pões da Hines e da Calpers, que eram ad-ministrados pela Hines.

Estamos sempre em busca de no-

vas oportunidades de aquisição, investin-do nossa inteligência imobiliária e equipe bem formada e com larga experiência. Nós temos um olhar para o mercado fnanceiro porque este oferece os recursos para con-cretizarmos os negócios, então precisamos prestar atenção nele.

Nós iniciamos em janeiro de 2007 com R$ 220 milhões e nenhum imóvel. Não houve aporte de imóvel na companhia pelos sócios, todos foram comprados pelo caixa da companhia. Agora, cinco anos e meio de-pois da fundação temos R$ 600 milhões em caixa e R$ 13 bilhões em imóveis nas mes-mas categorias, como escritórios, centros de distribuição logística e lojas de varejo. O fato de termos dobrado de ta-manho em uma única transação nos aju-dou muito, com ações com maior liquidez

que atraiu investidores maiores para a BR Properties. Nós iniciamos com investidores privados na companhia. A partir da abertura de capital, acessamos os investidores es-trangeiros com carteiras da América Latina. Hoje, boa parte dos acionistas em nossas bases são aqueles que investem em merca-dos globais, em empresas como a BR Pro-perties e outras em diferentes países.

Quais são as expectativas do mercado de São Paulo, considerando a grande quan-tidade de entregas que tivemos nos últi-mos trimestres e a queda de demanda?

Nós não sentimos tanto esta que-da de demanda. É mais uma questão de acomodação da economia, lembrando que sempre ocorre certa euforia na medida em que as vendas ou lançamentos de prédios

Claudio Bruni fala sobre o desenvolvimento do mercado corporativo e as projeções da BR Properties

Page 16 - Edição 18

This is a SEO version of Edição 18. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »